O que você queria ser quando crescesse?

- inspiracao - por Brenda Andrade O que você queria ser quando crescesse?Foto: Unsplash/@rawpixel

Eu estava lendo O Pequeno Príncipe (de novo) e você já percebeu o quanto ele faz a gente refletir muito sobre esse tema?

Quando criança nós vivemos tão intensamente cada momento e acabamos não dando valor a essas pequenas coisas da vida conforme vamos crescendo.

O essencial é invisível aos olhos, e só se pode ver com o coração.


O que você queria ser quando crescesse?

Pessoas próximas à mim podem confirmar isso, mas quando criança eu era tão fascinada por estrelas, galáxias, planetas e tudo que envolve esse mundo que eu falava que quando crescesse queria ser astrônoma. E de fato, quando crianças, nós optamos por sermos aquilo que realmente nos fascina.

Imagino agora o que os adultos pensavam de mim. Eu não era tão criança assim, geralmente os adultos tendem a achar fofo quando as crianças respondem que querem ser artistas, músicos, astronautas ou até mesmo bombeiros ou super-heróis. Mas e quando você já tem seus 12-13 anos? Acho que a visão muda um pouco. Eu estava na 7-8 série e acredito que os adultos queriam que eu respondesse algo como advogada, médica, engenheira ou algo similar.

Percebe que aos poucos vamos perdendo nossa essência?

Perdemos um pouco a nossa liberdade e se abre aquele caminho padrão de assinar carteira, pagar boletos, financiar casa, carro, estourar o limite do cartão, ter filho e por aí vai… Aqui posso fazer a comparação com o Acendedor de Lampiões no livro, que não tem aquele pensamento crítico e faz sempre as mesmas tarefas sem nem ao menos entender o porquê. Não são só as pessoas mais próximas que nos fazem perder esse encanto, mas toda sociedade, mídia entre outros. Não quero dar uma de lacradora, mas isso realmente é o que acontece.

Pra ser mais precisa, é normal encontrarmos pessoas que pensam “pequeno” e que se perdem na vida medíocre. Vivemos em uma sociedade padrão onde tudo o que fizermos ou pensarmos de diferente, seremos taxados como “diferentões”.

Acredito que muitos já passaram por aquele médico que te atendeu mal e isso pode ter sido apenas um dia ruim ou talvez seja fruto de não estar exercendo a sua arte, também devemos lembrar que o dinheiro é consequência de um trabalho bem feito. Vivemos num mundo de troca de valores, agora basta você descobrir qual o valor que gosta de gerar para as pessoas e a mágica está feita!

Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas.

Eu sei que “pensar fora da caixa” não é algo fácil e também sei que é difícil a gente acordar todos os dias sem nem mesmo saber se iremos conseguir ganhar o salário no fim do mês (no caso, aqui se encaixaria para os empresários de plantão). Se você quer um carro de luxo, uma casa dos sonhos, muito dinheiro… está tudo bem. Temos a mania de julgar quem pensa grande e são essas pessoas que estão lutando cada dia mais para chegarem mais perto de seus objetivos. Porém, não devemos nos esquecer de aproveitar a vida.

Pra quem já leu o livro, hoje eu me identifico muito com o Piloto, ele é um adulto, mas revela que a sua visão do mundo é mais parecida com a de uma criança.

De qualquer forma, dei essa volta toda pra simplesmente abrir sua mente, estou fazendo isso com a minha, sobre quem você queria ou quer ser e batalhar por isso, hoje.


Curiosidade

O Pequeno Príncipe, de Antoine de Saint-Exupéry, foi publicado em 1943 e é uma das obras mais amadas por adultos e crianças de todo o mundo, além de ser um dos livros mais traduzidos atualmente, ficando atrás apenas da Bíblia e do Alcorão.

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